Sonambulismo

É um distúrbio benigno que ocorre na primeira das seis passagens de um sono profundo para um mais superficial: as funções motoras despertam, mas a consciência continua a dormir. Adicionado por uma pausa na respiração, por um barulho ou pelo próprio ronco, o corpo desperta.

Mesmo não estando acordada de verdade, a pessoa pode começar a andar e a falar. Normalmente a pessoa passa a se mexer durante o sono, senta-se na cama, levanta-se e sai andando, ainda dormindo. Sem o consentimento do cérebro, o indivíduo não faz nada muito complexo, mas é capaz de abrir portas e janelas, por exemplo.

Isto é, o sonâmbulo se movimenta, mas não sabe o que está acontecendo. Provocado por uma arritmia cerebral, geralmente hereditária, o sonambulismo ocorre em aproximadamente 20% das crianças de 3 a 10 anos, em média de uma vez por ano, e depois tende a desaparecer sem deixar vestígios.

06 junho 2010

Síndromes Maníacas

A síndrome maníaca pode ser conhecida pelos seguintes sintomas: aumento da auto-estima, engrandecimento do eu, insônia, fala rápida, agitação psicomotora, irritação, arrogância, desorganização, desinibição social e sexual, sentimento de grandeza e de poder. A síndrome maníaca pode subdividir-se em:

-mania franca ou grave, é a mais intensa com fuga de idéias, delírios de grandeza. Os idosos ou pessoas com distúrbios cerebrais podem ficar confusos, desorientados e diminuição de consciência. Apresenta dificuldades para o diagnóstico médico.

-mania irritada ou disfórica, é predominante a irritação da pessoa, o mau humor podendo ocorrer a destruição de objetos e agressividade em pessoas.

-mania mista, há vários sintomas maníacos ocorrendo ao mesmo tempo ou alternando-se rapidamente. É mais freqüente em adolescentes e idosos.

-hipomania, a pessoa fica mais disposta que o normal, mais alegre, mais falante, faz planejamentos e muitas vezes passa despercebidas pelo médico.

-ciclotimia, a pessoa apresenta um episódio completo de depressão ou de mania. Aos olhos das pessoas é normal e muitas vezes não é submetido a um médico.

O tratamento para as síndromes maníacas é necessário na maioria das vezes uso de medicamentos orientados por um médico especializado e bastante terapia.

Neurose

Neurose é uma doença emocional, afetiva e de personalidade e acontece quando o sistema nervoso de uma pessoa reage com exagero a uma determinada experiência já vivida. Uma pessoa neurótica passa a ter reações e comportamentos diferentes: fica muito ansiosa, evita sair de casa para ir a determinados lugares, tem medo de certas situações, imagina situações que pode fazer mal, ficam deprimidos mais constantemente, são mais preocupados... enfim, uma pessoa neurótica sente tudo o que uma pessoa normal sente no seu dia-a-dia mas sempre exageradamente. Em geral uma pessoa neurótica sabe do seu problema, sofre com isso mas se sente incapaz de solucioná-lo.

O tratamento mais adequado para ajudar um paciente neurótico a lidar com esse distúrbio é a psicoterapia. A psicoterapia permite transformações profundas de personalidades e pode ser feita individualmente, em grupo, com casal, entre família e intervenção institucional.

Hipocondria

Uma pessoa hipocondríaca apresenta medos e preocupações fortes com a idéia de ter uma doença grave. As idéias surgem normalmente por alguma sensação que a pessoa sente no organismo insignificativas. Essa pessoa então passa a procurar intensamente um médico e serviços de saúde para que possa ter certeza de que não tem uma doença grave.

Uma pessoa hipocondríaca mesmo fazendo exames e os mesmos dando resultados negativos, acha que os mesmos podem estar errados e continuam numa busca incessante para ter certeza de que não existe uma doença grave.

Normalmente, uma pessoa hipocondríaca se sente incompreendida pelos familiares e principalmente pelo médico pelo fato de sempre achar que tem uma doença grave e que o médico não entende ou não acredita no que está sentindo.

Até os dias atuais não se conhece medicamentos capazes de ajudar uma pessoa hipocondríaca até porque essa pessoa não se acha doente psicologicamente e não permite uma ajuda psiquiatra para que estude mais detalhadamente as características da doença.

Psicossomáticas


As doenças psicossomáticas podem exercer ação na saúde do corpo de maneira intensa. A hipófise, uma glândula que possui ligação com a região do hipotálamo no cérebro, é a responsável pelo mecanismo que desencadeia a doença, uma vez que ela produz hormônios que controlam todas as funções do organismo.

As emoções e sentimentos mais fortes são percebidos pelo hipotálamo, estas emoções alteram as funções do hipotálamo e sua conexão com a hipófise. As doenças respiratórias, de pele, circulatórias e gastrointestinais causadas ou agravadas pela tensão nervosa são resultados desta alteração.

Sendo assim, pode-se dizer que as doenças psicossomáticas têm componente psíquico, a manifestação de doenças orgânicas é ocasionada por problemas emocionais.


O corpo possui suas próprias defesas, ou seja, ele manifesta, coloca para fora as emoções que às vezes a pessoa tenta esconder por meio de tremor, dores de barriga, gestos e travamento de dentes.

Claustrofobia


A claustrofobia é um tipo de fobia específica que se caracteriza pelo medo de permanecer em lugares fechados – como trens, aviões, túneis e elevadores; sem que se esteja passando por perigo ou ameaça reais. Nestas situações, o organismo da pessoa desencadeia uma reação de alarme, provocando ansiedade, sudorese, aumento dos batimentos cardíacos, medo intenso e até, em certos casos, crises de pânico. Em determinados pacientes, o próprio fato de pensar na situação já faz com que eles tenham as crises de ansiedade.

Apesar de ainda não ter sido elucidadas as reais causas das fobias, sabe-se que existe aí um componente genético, visto que mais de 70% das pessoas fóbicas possuem parentes com este mesmo problema. Exposição a situações semelhantes às que provocam medo, repressão sofrida no passado, dentre outros fatores, também podem estar relacionados. As manifestações da doença geralmente têm início na infância, e devem ser tratadas, já que tendem a se agravar com o passar dos anos; e causam situações de desconforto à pessoa, podendo interferir em suas relações sociais.

É indicado que o paciente pratique exercícios, tenha uma alimentação balanceada e acompanhamento psicoterápico, a fim de reduzir o estresse e aumentar a autoestima e confiança – imprescindíveis para o sucesso do tratamento. Pode ser necessário o uso de medicamentos específicos, como ansiolíticos e antidepressivos, de acordo com as particularidades da pessoa. Uma técnica amplamente utilizada é a da autoexposição, na qual o indivíduo fóbico enfrenta de forma gradual as situações que lhe causam medo, podendo se recuperar completamente ao final do tratamento.

Bulimia


A bulimia é um distúrbio psicológico e que provoca uma fome compulsiva, levando a pessoa a consumir grandes quantidades de alimento em um curto período de tempo. O que chama a atenção em pessoas com esta doença é pelo fato de às vezes possuirem belos corpos, ou seja, não são pessoas magras, de corpos "esculturais" e que, para não ganharem peso, provocam o vômito, tomam laxantes e diuréticos, ou fazem exercícios de forma abusiva.

A grande diferença de uma pessoa com anorexia e um bulímico é que o anoréxico é obcecado em manter a sua forma atual - ficar magro, chegando em pontos de desnutrição, enquanto o bulímico possui peso normal e faz dietas
e/ou usam diuréticos com medo de engordar.

Os principais
sintomas de uma pessoa com bulimia são: Ingestão exagerada de alimentos em um curto espaço de tempo; Vômitos auto-induzidos; Dietas rigorosas; Distúrbio depressivos, ansiedade, comportamento obsessivo. A vida de um bulímico gira em torno de um ciclo vicioso, pois ele faz uma dieta rigorosa e um pouco depois inicia a compulsão de comer. As causas são a ênfase para a predisposição genética, pressão familiar, valorização do corpo magro como ideal de beleza.

Existe tratamento?
Sim, o tratamento é feito por uma equipe especializada, composta por psicólogo, nutricionista e médico. De início não é fácil diagnosticar a doença porque os sintomas não são tão claros. Não existem métodos eficazes para prevenir esta doença.

Anorexia


A anorexia nervosa é um distúrbio alimentar relacionado à insatisfação exagerada com o peso corporal. Achando-se sempre acima do ideal, a pessoa acometida procura obsessivamente por um suposto emagrecimento. Assim, tende a jejuar, forçar vômitos, fazer exercicios físicos em frequência e intensidade exagerados, e tomar laxantes e diuréticos; mesmo se apresentando extremamente magro.

As causas deste distúrbio estão relacionadas à soma de fatores como pré-disposição genética, alterações nas concentrações de serotonina e noradrenalina, e a própria imposição de um padrão estético magro como sendo sinônimo único de beleza. Acometendo principalmente mulheres (0,5 a 1,0% delas), os índices de homens com este distúrbio vêm aumentando nos últimos tempos.

Com o tempo, problemas como desidratação, anemia, hipoglicemia, insuficiência renal, atrofia muscular, descompasso cardíaco, perda de massa óssea, maior suscetibilidade a infecções, dentre outros, podem ocorrer; aumentando as chances de morte por parada cardíaca e choque hipovolêmico. Devido aos problemas psicológicos que pode desencadear (ou se acentuar), tal como depressão, não são raros os casos de pacientes anoréxicos que acabam por interromper intencionalmente suas vidas.

Como raramente a pessoa anoréxica admite ter problemas, devemos estar atentos caso observemos, entre um dos nossos, comportamentos como perda rápida e exagerada de peso, sem motivos justificáveis; olhos fundos; perda de cabelos; preocupação extrema com o valor das calorias dos alimentos; medo excessivo de engordar; comportamentos depressivos; intolerância ao frio e recusa em participar de refeições familiares. Diante destes fatores, é necessário que a pessoa se consulte com um psiquiatra, a fim de diagnosticar a doença.

Sendo a anorexia identificada, o tratamento deve ser realizado por equipe multidisciplinar, como psiquiatra, psicólogo e nutricionista, visando à recuperação gradativa do peso corporal e o equilíbrio emocional. Pode ser necessário o uso de remédios específicos, como antidepressivos. Mesmo após a melhora, o indivíduo deve permanecer em acompanhamento.

Considerando todos os transtornos causados por esta síndrome, e o fato de que seu tratamento é lento, a prevenção é a melhor arma. Quanto a isso, sabe-se que as chances de um indivíduo desenvolver anorexia são bem reduzidas quando este, desde criança, é estimulado a se alimentar de forma saudável e exercer atividades físicas regularmente.