Como surgiu EMTr?


A origem da EMTr está no século 19. Em 1896, o médico, físico e inventor francês Jacques-Arsène D'Arsonval começou a pesquisar os efeitos do magnetismo sobre as emoções.

Nos anos 40, começaram as pesquisas com estímulos magnéticos na fisiologia animal. O primeiro equipamento estimulador magnético semelhante ao que é utilizado hoje surgiu em 1975 na Grã-Bretanha. Nos anos 90, a técnica começou a ser pesquisada e utilizada em estudos nos Estados Unidos. Em 1992, a Estimulação Magnética começou a ser aplicada na psiquiatria com resultados surpreendentes no tratamento da depressão, esquizofrenia e outras doenças.

A Estimulação Magnética já foi extensamente pesquisada e seus benefícios continuam sendo estudados. A técnica foi aprovada pela FDA (Food and Drug Administration), agência reguladora dos EUA, em 2008 e no Canadá em 2002. No Brasil, a Anvisa (Agência Nacional de Vigilância Sanitária) regulamentou o uso do aparelho de Estimulação Magnética em março de 2006. Atualmente são mais de três mil equipamentos em todo o mundo utilizados para diagnóstico, pesquisas e tratamentos terapêuticos.

04 julho 2011

O que é Estimulação Magnética?




A Estimulação Magnética Transcraniana repetitiva (também conhecida como EMTr) é uma nova técnica para o tratamento de doenças psiquiátricas. O objetivo da EMTr é estimular áreas específicas do cérebro, relacionadas à depressão e outras doenças. A estimulação é feita por meio de pulsos magnéticos gerados por um equipamento desenvolvido para esta técnica. A Estimulação Magnética é um tratamento capaz de gerar mudanças controladas nos neurônios (células do sistema nervoso responsáveis pela condução do impulso nervoso) de regiões específicas do cérebro, ativando-os ou inibindo-os, de acordo com o objetivo terapêutico.
O tratamento é feito por uma série de sessões em que o paciente recebe os estímulos. O número de sessões é determinado pelo psiquiatra que avalia cada caso. As aplicações devem ser conduzidas por um médico psiquiatra. A técnica não é invasiva e quase não apresenta efeitos colaterais, alguns pacientes sentem uma leve sensação de desconforto, principalmente nas primeiras sessões, e dor de cabeça passageira após as aplicações. Cada aplicação dura cerca de 30 minutos, as primeiras aplicações são realizadas diariamente, com intervalo aos domingos ou finais de semana.

Comparação de ECT com EMTr

(Resaltando O Blog Não Recebe Nada por propagandas e nao as faz com o intuito de conseguir dinheiro e sim de querer ajudar cada vez mais)


O IPAN busca o tratamento mais adequado e eficaz para cada um de seus pacientes, desde psicoterapia, medicamentos até aplicações de EMTr e ECT. As duas técnicas são recomendadas no tratamento de transtornos psiquiátricos. A ECT tem como objetivo induzir uma crise convulsiva generalizada, que dura cerca de 30 segundos, a aplicação é feita sob anestesia e relaxante muscular. Já a EMTr é um método relativamente novo e ainda alvo de pesquisas e investigação, estudos apontam a EMTr como um possível novo tratamento para transtornos neuropsiquiátricos. De certa maneira, a EMTr se parece com a ECT, ambas alteram a atividade neuronal e modificam o humor.

Existem algumas diferenças entre as técnicas. A ECT trabalha com estímulo elétrico, que atravessa a pele e a calota craniana para atingir o tecido cerebral. A técnica exige indução anestésica, pois a carga elétrica causa uma estimulação dolorosa e pouco localizada. Já a EMTr apresenta as vantagens de ter ausência de dor, por isso, não necessita de anestesia, já que não induz a crises convulsivas e o risco de efeitos cognitivos é muito pequeno. A ECT é aplicada de duas a três vezes por semana, enquanto que o melhor esquema para a EMTr ainda está sendo estudado. Após o tratamento inicial, é recomendável uma manutenção da ECT. A duração dos efeitos benéficos da EMTr não é conhecida, mas os dados existentes sugerem também um efeito fugaz.

Os aparelhos modernos de EMTr estimulam o córtex, já a ECT atinge uma maior profundidade que a EMTr. A ECT é um método consagrado há mais de 50 anos e com eficácia comprovada por diversos estudos. A EMTr e a ECT são tratamentos distintos, porém, com algumas semelhanças. As técnicas compõem o arsenal terapêutico existente para o tratamento de transtornos psiquiátricos. A indicação de ECT ou EMTr é estudada profundamente pelo psiquiatra para que o paciente receba o melhor tratamento para sua necessidade. Os profissionais do IPAN são pesquisadores das duas técnicas, trabalham com ECT e EMTr e possuem experiência internacional nestes tratamentos.